DICA: Lesões do Plexo Braquial
DICA:
LESÕES OCORRIDAS NA AXILA
A "Paralisia da muleta" é uma lesão causada pela pressão excessiva na axila devido ao uso inadequado de muletas. Esta compressão geralmente se manifesta como uma neuropraxia.
A figura ao lado ilustra bem o plexo braquial em seu trajeto descendente e sua relação com as estruturas ósseas do Membros Superior. Dá pra perceber como o plexo é vulnerável na região axilar.
PERDA MUSCULAR: São afetados o Tríceps, os extensores de punho e dedos.
PERDA DE MOVIMENTO: Lesões do Nervo radial Lesões em ou acima da axila resultam em paralisia de todos os músculos inervados. Clinicamente, isto se manifesta como:
-Fraqueza de extensão e flexão do antebraço - tríceps e braquiorradial
- Queda do pulso e incapacidade de preensão - paralisia dos extensores do punho e dedos
-Fraqueza dos músculos abdutor longo do polegar e extensor
PERDA SENSORIAL: Perda de sensibilidade no dorso da mão e
antebraço adequadas para a distribuição cutânea - ver anatomia do nervo radial
Classificação da lesão
A gravidade da lesão do plexo braquial é determinada pelo tipo de dano do nervo. Há vários sistemas de classificação diferentes para classificar a gravidade dos nervos periféricos e lesões do plexo braquial. A maioria dos sistemas tentativa de correlacionar o grau de lesão com os sintomas da patologia e prognóstico. classificação de Seddon, concebida em 1943, continua a ser utilizado, e baseia-se em três tipos principais de lesão de fibras nervosas, e se há continuidade do nervo.
Neurapraxia: A forma mais branda de lesão do nervo. Trata-se de uma interrupção da condução nervosa, sem perda de continuidade do axônio. A recuperação ocorre sem degeneração walleriana.
Axoniotmese: Envolve a degeneração axonal, com perda da relativa continuidade do axônio e sua cobertura de mielina, mas a preservação da estrutura do tecido conectivo do nervo (o tecido de encapsulamento, o epineuro e perineuro, estão preservadas)
Neurotmese: A forma mais grave de lesão do nervo, em que o nervo é completamente interrompido pela tração, contusão ou laceração. Não só axônio, mas o tecido conjuntivo encapsular perder a sua continuidade. O grau mais extremo de neurotmese é transsecção, embora a maioria das lesões neurotmeticas não produzem perda bruta de continuidade do nervo, mas sim, o rompimento interno da arquitetura do nervo suficiente para envolver perineuro e endoneuro, bem como os axônios e seus invólucros. Ele necessita de cirurgia, com recuperação imprevisível.
Anatomia
A sensibilidade e motricidade do membro superior é responsabilidade das raízes nervosas do plexo braquial (chamadas de C5, C6, C7, C8 e T1). As raízes C5 e C6 (tronco superior) tem a função básica de movimento do ombro e flexão do cotovelo. C7 (tronco médio) comanda o conjunto muscular extensor do cotovelo, extrínseco do polegar e dedos. C8 e T1 são responsáveis por muitos movimentos da mão, flexor extrínseco e musculatura intrínseca.6
A inervação do braço é composta pelo plexo braquial localizado nas axilas e pescoço. Os ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1) podem ter sofrido rompimento ou estiramento.
O tratamento para lesões do plexo braquial inclui terapia ocupacional ou fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia para religamento dos nervos. Algumas lesões do plexo braquial podem curar sem tratamento. Geralmente espera-se três meses antes de qualquer intervenção cirúrgica, visando indícios de recrutamento de fibras nervosas. Por vezes é necessária a utilização de órteses e tipoias.
Muitas crianças melhoram ou recuperam dentro de seis meses, mas aqueles que não têm uma boa recuperação precisam de cirurgia para tentar compensar os déficits dos nervos. A capacidade de dobrar o cotovelo (função do bíceps) no terceiro mês de vida é considerado um indicador da provável recuperação, com movimento ascendente adicional do pulso, bem como a correcção de dedos polegar e indicador fortes de indica uma melhora espontânea excelente. Grande amplitude de movimento e exercícios realizados pelos pais, acompanhados de exames repetidos por um médico, pode ser tudo o que é necessário para pacientes com fortes indicadores de recuperação.
TESTE: É importante a avaliação sensorial na região mencionada além de avaliar a força do braquioradial, extensores de cotovelo e punho.