segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

DICA:ESTRIAS, GRAVIDEZ

DICA:
A gravidez é uma ocasião de intensas alterações musculoesqueléticas, físicas e emocionais e ainda assim uma condição de saúde. Geralmente capaz de avaliar e monitorar as mudanças físicas enfocando primariamente a manuntenção do bem estar. Avaliar e ajudar a mulher com queixas musculoesqueléticas específicas incorporando o conhecimento de lesão e cicatrização dos tecidos com o conhecimento das mudanças devido à gestação. Exercícios para serem usados na mulher grávida ou pós-parto.


Hiperpigmentação :
É a alteração fisiológica mais encontrada na gestação (90%), sendo mais comum em mulheres de pele mais escura. Caracteristicamente, a hiperpigmentação aumenta de intensidade ao longo da gravidez e decresce no pós-parto, à exceção das áreas que normalmente já são hiperpigmentadas, as quais não voltam a apresentar a tonalidade pré-gravídica. A explicação deste processo não é muito clara, mas pode ser atribuída ao aumento dos níveis de hormônios estimuladores de melanócitos (células que produzem a melanina – pigmento da pele), estradiol e progesterona, são:
- escurecimento de áreas que já são normalmente pigmentadas (aréolas, mamilos, genitália, axilas, região periumbilical e interior das coxas).
- hiperpigmentação branda generalizada
- escurecimento da linha alba: formação de uma faixa linear acastanhada ao longo da linha média do abdome. É comumente conhecida como linha nigra.
- melasma (cloasma): também conhecido como “máscara gravídica”. Ocorre em mais de 50% das gestantes.
Caracteriza-se por áreas escurecidas na face, pescoço e antebraços, sendo preferenciais as regiões malares, nariz e queixo. Predisposição genética desempenha papel importante para a sua manifestação, bem como exposição solar. Se há melasma anterior à gravidez, este tende a piorar a partir do segundo trimestre. Apresenta alta incidência (acima de 75%) durante a gestação. O uso de filtro solar é recomendável. O melasma geralmente regride depois do parto, mas pode persistir em menos de 10% dos casos.
- pigmentação de cicatrizes recentes
- escurecimento de sardas e pintas
-melanoníquia longitudinal: é a pigmentação em faixa de uma ou várias unhas, transitória, que desaparece ao término da gravidez.

Pelos na gravidez:
Hirsutismo significa aumento dos pêlos do corpo e está presente em praticamente todas as mulheres na gravidez, em diferentes graus. É mais freqüente na face, mas também ocorre nos braços, pernas e dorso. Acredita-se que o fenômeno esteja relacionado às alterações hormonais próprias da gravidez e em geral regride dentro de 6 meses pós-parto.

Cabelos:
O ciclo do pêlo envolve fases de crescimento e repouso. A fase anágena corresponde ao período de crescimento e tem duração de 2 a 4 anos no couro cabeludo. Segue-se uma fase catágena, em que há interrupção da proliferação celular, com duração de cerca de 3 semanas. Por fim, na fase telógena se dá o desprendimento do cabelo da papila dérmica, com duração de 3 a 4 meses.  Na gravidez, uma fase anágena prolongada tem sido demonstrada e as mulheres geralmente percebem aumento da espessura do fio de cabelo no período. Entretanto, dentro de 1 a 5 meses após o parto, uma grande proporção de cabelos entram em fase telógena, resultando em queda importante de fios, trata-se do eflúvio telógeno, que pode persistir por alguns meses. Algumas mulheres desenvolvem afinamento difuso dos fios ou rarefação capilar, situação que pode não ser totalmente reversível no pós-parto.

Glândulas sebáceas
Estão presentes em toda a pele, à exceção das regiões palmo-plantares. Há evidência de aumento de sua atividade durante a gravidez devido ao excesso de estrógeno circulante. De qualquer forma, o efeito sobre a acne é imprevisível.
Em aproximadamente metade das gestantes, ocorre hipertrofia das glândulas sebáceas areolares, formando pápulas acastanhadas conhecidas como tubérculos de Montgomery, que tendem a se resolver no pós-parto.


Estrias:
Ocorre na maioria das mulheres grávidas, usualmente no final do segundo trimestre. Mulheres brancas são mais propensas que negras e orientais, com uma incidência de 90%. Lesões lineares inicialmente violáceas se desenvolvem no abdome e às vezes nas coxas, braços, seios, axilas e nádegas. Evoluem para linhas esbranquiçadas nas proximidades do parto. Diversos fatores favorecem o desenvolvimento das estrias, como grau de distensão abdominal e ganho de peso materno, predisposição genética e mudanças hormonais. As estrias comumente representam um problema cosmético para as mulheres, permanecendo no pós-parto, embora se tornem menos evidentes. Medidas preventivas nem sempre trazem benefícios, mas incluem: massagem com óleo e cremes hidratantes.

Alterações mamárias:
São proeminentes durante a gravidez e incluem aumento de volume, ereção dos mamilos, hiperpigmentação de mamilos e das aréolas, veias proeminentes, estrias, tubérculos de Montgomery. Todas essas alterações estão relacionadas com hormônios adrenais, pituitários e placentários, assim como pela retenção de sódio e fluidos.Edema (inchaço).

Varizes
Das mulheres grávidas, 40% desenvolvem varizes, mais comumente nas pernas. São também prevalentes hemorróidas e varizes vulvares.
Os tratamentos incluem excisão, ablação endovascular, escleroterapia endovascular, técnicas de radiofreqüência, dentre outras. Esses tratamentos são efetivos, mas não devem ser realizados na gravidez, pois os riscos não são conhecidos. Após a gravidez tais procedimentos são considerados seguros, além de mais efetivos.

Alterações mucosas
- Gengivas: alterações nas gengivas comumente ocorrem na gravidez. A mais comum é o edema, mudando a cor da gengiva do vermelho escuro ao azulado. Também há uma tendência aumentada de sangramento gengival. Normalmente estas alterações ocorrem durante o quarto mês de gravidez e persistem por semanas após o parto. Outras alterações gengivais: hiperemia (vermelhidão) gengival, gengivites, aftas, periodontite, cáries (devido à alteração de composição salivar).
- mucosa vaginal: ocorre escurecimento da vagina e da vulva. 

  Pós-parto em que não se deve ter relações sexuais – temos que mostrar aos nossos companheiros que a aquela mulher-amante não morreu! Na verdade os parceiros aguardam ansiosamente por esse grande dia, o dia da libertação! Muitos deles estiveram cultivando um jejum sexual desde os últimos meses da gestação, pois poucas mulheres conseguem ter relações normais até o parto, onde encontrem satisfação que sobreponha os incômodos da fase final da gestação. A ansiedade que banha esse momento de reestréia sexual no casal é grande; o marido sonha em reencontrar a esposa-amante, mas ela sabe que esse reencontro não será fácil.

A puérpera – nome dado à mulher que deu à luz recentemente – enfrenta uma redução muito acentuada na libido. Diversos fatores podem explicar tal situação, muitos relacionados aos altos níveis de prolactina, hormônio responsável pela manutenção do aleitamento, mas que também causa secura vaginal e diminuição do desejo sexual. Outros fatores estão relacionados ao cansaço próprio desta fase de grande privação de sono e também ao processo de cicatrização dos procedimentos utilizados no parto, quer tenha sido a episiotomia do parto normal ou a incisão cirúrgica da cesariana. Costumo explicar às pacientes que, a meu ver, a natureza nessa fase é bastante sábia: ela dificulta ao máximo a atividade sexual, reduzindo a libido, promovendo secura vaginal e dor ao ato sexual pela secura extrema, deixando a paciente num grau tão grande de cansaço que, quando ela se deita, só pensa em dormir... tudo isso para evitar que ocorra a relação e, consequentemente, que a mulher engravide novamente. Mas por que tudo isso? Porque se a mãe engravidar agora, o aleitamento será interrompido, já que a gestante poupa seu organismo em benefício do crescimento do embrião. Então, para não engravidar com 100% de segurança, só praticando a abstinência sexual!
E o relacionamento, o casamento, como ficam perante essa situação? É aí que começa o papel “mulher-maravilha”: precisamos ser mães e donas-de-casa em tempo integral, já que a função abençoada não respeita finais de semana ou feriados e funciona 24 horas por dia; somos, grande parte das vezes, profissionais que não querem e nem podem abandonar suas careiras em nome dos pimpolhos (afinal não estudamos e investimos tanto em nós mesmas até hoje para nos limitar a trocar fraldas e dar mamadeiras) e, por fim, somos aquelas mulheres-amantes por quem nossos companheiros se interessaram e decidiram abraçar o projeto bebê. Podemos exercer o papel de mãe automaticamente, por instinto mesmo. Retomar a carreira profissional, às vezes, requer um esforço pessoal razoável.


A chegada de um bebê – uma avalanche em qualquer família, mesmo sendo a melhor e mais emocionante avalanche do mundo – transforma essa “namorada”, subitamente, na pessoa mais importante e responsável pela nutrição, carinho, crescimento e saúde de um ser que sequer existia até alguns meses atrás, mas, ressaltando novamente, um ‘serzinho’ novo, que não era, até então, o foco do desejo sexual daquela mulher.
A transformação por que passamos durante o período de algumas horas é tão intensa, a mudança de papéis tão dramática, que não raramente nos pegamos, ainda na maternidade, debruçadas ao lado do bercinho, chorando ao olhar aquela criaturinha linda, saudável, perfeita, saída de dentro da nossa barriga! E choramos por tudo, ou quase tudo... Ouvir o bebê chorar nos deixa angustiada, amamentar não é fácil, passar noites e noites acordando a cada hora e meia deixa qualquer uma deprimida. E o que não sentimos quando as pessoas nos olham e falam: você deve estar super feliz, seu bebê é lindo! Sentimo-nos a pior das criaturas, pois não estamos nos sentindo tão felizes assim.
E é justamente nessa realidade que, após a famosa “quarentena” – período de cerca de 30 a 40 dias.

 Os sintomas da depressão na gravidez
- Crises de choro longas e contínuas sem motivo
- Desânimo excessivo
- Cansaço frequente
- Falta de apetite ou compulsão alimentar
- Insônia ou vontade de dormir o tempo todo.

OBS: Procure orientação de um especialista de sua confiança.