terça-feira, 6 de outubro de 2020

Síndrome do Túnel Cubital/Ulnar




                                                                     




O síndrome do túnel cubital ou ulnar é uma doença que se caracteriza pela compressão do nervo cubital ou nervo ulnar a nível do cotovelo, originando uma neuropatia cubital.
Nas fases iniciais, a neuropatia cubital é sensitiva, com sintomas sensitivos, ficando adormecimento ou parestesias a nível da região cubital (interna) da mão. Lembrando que seu trajeto ao longo do membro superior, pode ser comprimido a vários níveis, sendo o cotovelo a localização mais frequente. 
      A neuropatia resultante, conhecida como síndrome do túnel cubital, é a segunda neuropatia mais frequente do membro superior, a seguir ao síndrome do canal cárpico.



                                               




Lembrando: que o nervo cubital inerva vários músculo flexor profundo do 4º e 5º dedos e muitos dos pequenos músculos intrínsecos da mão, conhecidos como musculatura intrínseca da mão. É ainda responsável pela inervação sensitiva da região cubital do antebraço e da mão, a possibilidade de compressão do nervo no interior do túnel, associado à sua posição superficial. 
*Estiramento do nervo pelo posicionamento prolongado do cotovelo em flexão. 
*Subluxação do nervo com a mobilização do cotovelo, que causa irritação do nervo; 
*Sequelas de trauma do cotovelo; 
*Artrose do cotovelo; 
*Alterações metabólicas (ex: diabetes). 
O síndrome do túnel cubital está frequentemente associado à atividade profissional (doença ocupacional), sobretudo em profissões em que o trabalhador passa muito tempo com os cotovelos fletidos, sendo o risco agravado se os cotovelos estão apoiados numa superfície dura.

Sintomas e diagnóstico
 A sintomatologia permite ao ortopedista fazer o diagnóstico na maior parte das situações.
Muitos doentes recorrem ao médico ainda na fase inicial da doença ou com formas ligeiras de compressão, em que os sintomas são sobretudo sensitivos. 
Nestas situações, o doente refere sobretudo adormecimento ou parestesias do 4º e 5º dedos da mão, muitas vezes associadas a dor na face interna do antebraço e cotovelo.
À medida que a situação agrava, os doentes começam a referir fraqueza da mão, uma vez que o nervo cubital é o principal responsável pela inervação da musculatura intrínseca da mão.
Sabendo se, que em casos graves ou de evolução arrastada, pode existir atrofia marcada dos pequenos músculos da mão e músculos da região cubital do antebraço.
O exame clínico é muito importante!


                                               



Então existe diversos testes clínicos, direcionados para a avaliação da função sensitiva ou motora, que ajudam o ortopedista a confirmar o diagnóstico.
Eletromiografia e os estudos de condução nervosa são exames que podem ajudar não só a confirmar o diagnóstico, mas também a localizar o nível de compressão e excluir outros locais de compressão ou outras patologias, então a cura  através da maioria dos casos, o tratamento permite a recuperação completa dos sintomas.
 A fisioterapia pode ser útil e deve incluir exercícios de alongamento muscular e deslizamento nervoso.
Lembrando que a cirurgia: descompressão do nervo cubital, são doentes com sintomas significativos de dor e parestesias ou fraqueza com atrofia da musculatura intrínseca da mão devido a compressão nervosa no cotovelo.

  OBS.:Risco não oferece .
No pós-operatório, o doente deve começar a mobilizar o cotovelo de imediato e os pontos são removidos entre o 12º e 15º dia de pós-operatório.
A fisioterapia apenas é necessária nos casos em que a recuperação da mobilidade completa do cotovelo não ocorre até às 2-3 semanas de pós-operatório, doente com sintomas mais prolongados possuem risco acrescido de não obterem uma recuperação clínica completa.

                                           

sábado, 14 de março de 2020

                                                         
                                             


Na Fisioterapia,
Em crianças com Hipotonia é essencial na busca da melhora do tônus muscular.
Dessa forma, o profissional atuará para que futuras contraturas sejam evitadas.
Trabalhando na postura e coordenação do paciente, fortalecendo ao redor das articulações e da extremidade, para proporcionar maior estabilidade e suporte.

Assim os músculos mantêm-se normalmente em um estado de contração parcial, o tônus muscular, que é causado pela estimulação nervosa, e é um processo inconsciente que mantém os músculos preparados para entrar em ação.
O nervo quando estimula um músculo é cortado, esse perde tônus e se torna flácido, estados de tensão emocional podem aumentar o tônus muscular, causando a sensação física de tensão muscular. Na condição, gasta mais energia que o normal e isso causam a fadiga. Assim no toque somos capazes de observar a diferença de uma musculatura com hipo ou hiperpertonia.


                                                 
                        

O tônus muscular poderá ser analisado de várias formas na prática clínica. A resistência ao movimento passivo, realizada a diferentes velocidades a angulações, e sempre comparando com o lado oposto, poderá dar informação útil sobre o aumento ou diminuição do tônus e sobre a possível assimetria que possa existir. 
O balanceio dos membros será outra técnica que poderá fazer sobressair assimetrias do tônus muscular. 
A rigidez poderá ainda ser reforçada por meio do movimento voluntário do membro contralateral, o chamado reforço. 
A hiperextensibilidade poderá ser um excelente sinal de hipotonia.
O tônus muscular é um estado de tensão permanente do músculo estriado, mesmo quando em repouso, ou por outras palavras, é a resistência encontrada ao movimento passivo dos membros, há três reflexos essenciais que explicam a existência do tônus muscular:


                                          


*Reflexo miotático da extensão
Sempre que existe um estiramento muscular, os receptores intrafusais do fuso são estimulados, enviando sinais pelas fibras aferentes IA até a medula, onde as fibras se conectam com o motoneurônio α, promovendo a contração muscular, evitando assim o estiramento muscular excessivo.

*Reflexo miotático inverso
Sempre que existe um aumento da tensão muscular, os receptores do órgão tendinoso de golgi sao estimulados, enviando sinais pelas fibras aferentes IB até a medula, onde as fibras se conectam com dois interneurônios, um que irá inibir o motoneurônio α do músculo agonista e outro que irá ativar o motoneurônio α do músculo antagonista, evitando assim a contração excessiva do músculo agonista.

*Reflexo de encurtamento.
Consiste numa contração muscular reflexa à medida que o músculo vai se aproximando dos seus pontos de inserção, sendo então notado a partir de um determinado ângulo de flexão da articulação.
Dentre os distúrbios do tônus, temos a hipertonia e a hipotonia. A hipertonia, como o próprio nome diz, corresponde a um aumento da resistência ao movimento passivo das articulações. Hipotonia será a diminuição da resistência ao movimento passivo de uma articulação. Poderá ter uma origem neuropática, radicular, medular ou muscular. Faz-se normalmente acompanhar de hiperextensibiliade (exceto no caso da hipotonia cerebelar), perda de força muscular, atrofia e/ou fasciculações e hiporreflexia. Poderá ainda, ser cerebelar ou extrapiramidal como é o caso da coreia. Quando cerebelar, normalmente não será tão marcada como nas lesões do arco reflexo, nem se fará acompanhar de hiporreflexia ou déficit de força muscular. Sob o ponto de vista clínico a hipotonia tem sido interpretada como sinal de diminuição da atividade nos circuitos reflexos, sendo essa decorrente de lesão do Sistema Nervoso Central.


                                                   
                                              


As principais causas de Hipotonia Muscular são:
* Atrofia muscular espinhal tipo I, distrofia miotónica congénita e as miopatias congénitas são as principais causas de hipotonia periférica no período neonatal;

* Lesões cerebrais ou encefalopatia por défice de oxigénio ou irrigação cerebral e é das principais causas de hipotonia central no recém-nascido;

* Em recém-nascidos prematuros (menos de 37 semanas) deve-se ao tónus muscular ainda não estar completamente desenvolvido;

* Doenças hereditárias;

* Distúrbios neuromusculares e da informação nervosa enviada aos músculos;

* Doenças genéticas ou cromossómicas;

* Infecções;

* Na idade mais avançada, as causas mais habituais são a esclerose múltipla e doenças neuronais motoras.

* Lesões da medula espinhal durante o nascimento;

* Surge muitas vezes associada a paralisia cerebral;